domingo, 21 de fevereiro de 2016

Educar em seis passos! - Um alerta para todos os pais perdidos

"Seis coisas que tem que saber sobre educação."

"As 10 frases que nunca deverá dizer ao seu filho/a."

"Não proteja demasiado o seu filho!"

"Veja o que aconteceu a esta criança, quando o seu pai a deixou brincar livremente!"

...

Estes títulos são fictícios, mas inspirados na vida real. Mais precisamente no meu mural do facebook, em dois ou três sites de especialidade de educação que sigo de amiúde e em três ou quatro capas de publicações para pais e genéricas nas quais passei os olhos nos últimos dias.

Nunca a educação foi tão mediatizada.
Nunca os pais foram tão bombardeados de informação sobre como educar, de que forma fazer, de que maneira ajudar a construir a personalidade.
Estamos na era da informação. Aliás, da sobre-informação.
E por causa disso, nunca os pais andaram tão à nora, tão perdidos e com tantos sentimentos de culpa sobre o tipo de educação que devem escolher para os filhos.

A informação é preciosa e dota-nos de recursos que os nossos avós, por exemplo, nunca esperaram ter. Somos mais participantes na formação dos nossos filhos, do que talvez tenham sido os nossos pais. A construção positiva sobre a criança, as suas potencialidades é hoje uma realidade, contra uma imagem passiva e de contemplação que existia nem há 100 anos.
Mas com toda esta informação que temos à nossa disposição, torna-se difícil escolher. Escolher o que é melhor. Saber o que é melhor. Deixámos de ouvir o instinto para passar a ouvir os livros, as teorias, os programas de televisão e a opinião pública. Deixámos de conseguir distinguir o trigo do joio. Saber quando respeitar a regra ou quando a quebrar.

Acho que temos que nos recordar todos os dias que a educação é a arte do bom-senso. De compreender que todas as teorias têm limites, todas as histórias têm contornos próprios e todas as estratégias oferecem um resultado diferente quando aplicadas nas crianças.
Lembremo-nos de ouvir o nosso instinto, a nossa intuição. A nossa capacidade de perceber para além do racional tem sido uma boa aliada quando não sabemos por onde nos virar. Por isso, os nossos avós, bisavós, trisavós foram perfeitamente capazes de educar e criar crianças aptas para enfrentar o mundo. Os nossos pais educaram-nos sem internet, smartphones, sem jogos educativos. Estamos cá, certo?
Então aproveitemos o que esta magnífica era tem para oferecer. Com bom-senso.

AG

Família, União, Pais, Crianças, Coesão, Segurança


Sem comentários:

Enviar um comentário