terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Castigos: sim ou não?

Fonte: Internet

AG - Os castigos são uma área complicada de gerir. Acho que dependendo da idade e do entendimento da criança, um castigo poderá ser uma boa estratégia para diminuir a ocorrência de um comportamento indesejável. Ainda assim, a noção de castigo depende muito de família para família e de criança para criança. Retirar um brinquedo, com o qual gosta de brincar, é um castigo; um tempo para pensar, sem brincar ou outra actividade, é um castigo; fazer alguma coisa a contra-gosto, também é um castigo. No entanto, cada um deles implica um entendimento claro da criança de que a actividade envolve.

EG - Aos 3 anos acho demasiado cedo,  porque parece-me que ele não tem ainda perceção da lógica. De vez em quando, quando ele nos faz ultrapassar o limite do discernimento aplicamos um castigo ligeiros.... mais o pai... eu confesso-me... não consigo e cedo demais! Pequenino monstrinho em construção. :)

GC - Tema complicado! Não chamo propriamente castigo mas sim uma consequência de determinada acção. Isso aplico: se fizeres A vai acontecer B, escolhe... Tento sempre que o caminho seja por aqui, pela escolha deles. Mas há uma coisa que tento seguir: não é não e se prometo cumpro.

VHE - A minha experiência pessoal diz-me que os castigos não surtem muito efeito. Acho que talvez quando sejam mas velhos, percebam que o castigo foi uma consequência por não terem cumprido o que lhes foi pedido mas em pequenos eles não associam ou relacionam as coisas.
De vez em quando há umas ameaças da minha parte, mas tento sempre, escolher bem o que vou dizer, não vale a pena dizer: "se não arrumares o teu quarto ficas uma semana sem tocar no pc", pois eu sei que não vou cumprir. Até hoje não houve nada de grave que motivasse um castigo grande. Na linguagem do dia-a-dia, uso mais a chantagem:" se não fizeres X não vais /brincas/comes Y.

AFF - Aqui em casa, usa-se o castigo como consequência de um comportamento indesejável. Aos 3 anos, a A. já vai tendo noção de que os actos dela têm consequências e que essas não são boas, quando os actos também não o são. Felizmente, foram poucas (até agora) as vezes em que foi necessário recorrermos a castigos. E, aqui que ninguém nos ouve, ainda bem, porque me custa imenso fazê-la cumprir qualquer castigo, por mais pequeno que seja. 

AMR - Aqui evitamos os castigos. Idealmente nunca seria necessário castigar! A consequência natural dos actos maus já é o castigo em si, tal como não há prémios pelo mesmo motivo! Pensemos no mundo dos adultos e se realmente nos parece lógico castigar as pessoas, "ora hoje não te apeteceu por a loiça na máquina vais ficar sem ver tv!".
Claro que às vezes (sobretudo quando estamos cansados) fazemos chantagem "se não comeres a sopa não vês o Mickey depois"... O ideal é "come a sopa toda porque tem vitaminas e faz-te bem".

MF - Esta é uma área sensível... Não defendo os castigos mas, muitas vezes, devido ao cansaço acabo por aplicar alguns, muito na linha do que referiu a AMR (se não comeres a sopa, não vês o Panda, etc). Acho importante que eles entendam que erraram e que isso terá consequências e sinto dificuldade em fazê-lo perceber, sem aplicar um castigo. Educar é difícil, mas vamos aprendendo.

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