quarta-feira, 29 de junho de 2016

Conversas de amigas

Não sei como é que aconteceu! Não vou culpar a maternidade, nem a vida acelerada que levamos. Muitas vezes é apenas preguiça, inércia. Preguiça de pegar no telefone e combinar qualquer coisa. Ou de enfiar as crianças no carro, deixá-las em casa dos avós (ou até com o pai), calçar uns saltos altos e sair... Simplesmente, sair!

A verdade é que sinto falta daquelas conversas de amigas, de passar horas num sofá, num café, numa esplanada a jogar conversa fora... Coisa para a qual nem sempre temos tempo. E quando temos, encontramos mil e uma coisa para fazer, para adiantar, para colocar no lugar das amizades.

Falo por mim, cada vez que encontro as minhas amigas é porque estamos em rota de colisão! Leia-se estamos no supermercado, ou no hospital com os miúdos adoentados, ou noutra situação qualquer mundana. Portanto, nunca é de propósito. Desses fortuitos encontros, ficam sempre as promessas de que temos que nos encontrar, mas acabamos sempre por falhar por este ou por aquele motivo...

E quando conseguimos encontrar-nos fora desses eixos diários, o normal é a conversa descambar para as crias. Será que já não há mais nada para falar?
Será que crescemos assim tanto? Será que ser adulto é não ter (mais) temas de interesse?

Está bem que já não vamos ao cinema, não saímos à noite e as jantaradas estão reduzidas a raras ocasiões sempre pautadas por colos, choros ou correrias para os ir buscar a casa dos avós! E, realmente, quando podemos, normalmente optamos por namorar um pouco com a cara-metade.



Ainda assim, acho que tenho que começar a marcar na agenda um dia livre de família e recheado de amigas... É que faz-nos tão bem!!! Como é, marcamos um café?

AG

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