sábado, 30 de janeiro de 2016

Será possível?

Foto, Álbum, Fotógrafo, Velho, Fotos, Memória



Estava a ver um livro, daqueles das primeiras palavras para bebés, com a minha filha mais nova. Está nos 15 meses, altura plena da descoberta do mundo, de uma novidade ou uma gracinha nova por dia.


Enquanto vou dizendo o que está na página, ela diverte-se a apontar com destreza para alguns dos elementos. À medida que o jogo progride apercebo-me de que ela não se engana.
"Coelho" e ela pimbas, aponta para o coelho. "Meias" e ela olha para os pés, que têm umas meias calçadas, ri-se e aponta para as meias no livro... E por aí adiante!
Dou por mim espantada!
Não sou daquelas mães que acha que tem filhas sobredotadas. Normalmente, sou a primeira a ver-lhes as limitações da idade e a pensar que é preciso deixá-las crescer no seu ritmo (apesar de nem sempre ser fácil levar isso à prática).
Então, para me nivelar, começo a pensar a altura em que a minha filha mais velha tinha chegado a este patamar... E dou por mim a pensar, a pensar, a sair fumo, a tentar encontrar referências, períodos temporais, se já estaria frio, enfim... a tentar situar-me no tempo. E simplesmente, não consigo!
Não me recordo de quando a minha B#1 começou a apontar palavras, ou quando fez as primeiras frases ou até quais eram as suas frases predilectas.
Aliás, já tendo inclusive a confundir alguns períodos das duas! No outro dia questionavam-me com que idade se tinha sentado a mais nova. Começo a andar para trás na fita e... não sei. Acho que foi com a mesma idade da mais velha... Ou talvez não... Valham-nos os registos para tirar as teimas. Mas será possível que aquilo que antes sabiamos de trás para a frente desapareça da nossa memória?
Agora percebo a minha mãe, quando lhe perguntava aspectos específicos do meu desenvolvimento e ela me respondia com um "oh filha, lembro-me lá eu disso...".
É que, quer queira quer não, estou na mesma!

AG

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