segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Mudam-se as idades, mudam-se as vontades

São 8h50 da manhã e tenho um pé fora de casa. Entro no elevador, pego no batôn e num gesto maquinal passo-o pelos lábios. Dou por mim a pensar na minha avó, que sempre vejo colocar o seu batôn todos os dias e como me aborrecia, quando ela me dizia que uma mulher nunca devia sair à rua sem um pouco de rouge e um toque de cor nos lábios.
De facto, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Ou melhor, mudam-se as idades!

Nunca fui uma adolescente de usar maquilhagem. Abençoada com uma pele regular, nunca tive a paciência que algumas amigas minhas tinham, desde cedo, de sair de casa com lápis nos olhos, máscara (rímel), blush e batôn. Era um pouco maria-rapaz nessas coisas; a beleza natural chegava-me e não ligava ao resto, por aí além!
Chegada à universidade, comecei a colocar maquilhagem nos momentos mais importantes. Mais como uma forma de sobressair alguns tratos, do que propriamente esconder imperfeições.
Enquanto procurava trabalho na minha área, fui trabalhar para uma conhecida cadeia de perfurmarias. Lá éramos obrigadas por contrato a usar maquilhagem, de forma a vender os produtos. Rapidamente me habituei a usar maquilhagem todos os dias. Mas como era uma obrigação, assim que pude, voltei a andar de cara lavada!
Agora, passados mais de 10 anos sobre essa época, dou por mim a apreciar um pouco de maquilhagem.
A frescura já não é a de outrora. Por isso, todas as manhãs, passo um batôn, um blush e um rímel! São gestos indispensáveis... E dou razão à minha avó...
Quem diria!

AG

Fonte da imagem: Moda e Beleza

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