quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Errar é… ser pai?



O tema não é de agora. Por todo o lado vemos pais e mães dos dias de hoje que assumem publicamente os seus erros educacionais. São as autocomiserações porque o tempo não abunda e, em consequência disso, esgota-se a paciência. Ou então, os gritos que ferem mais os corações dos pais do que os ouvidos dos filhos. Ou ainda a célebre palmada, que uns tanto defendem as que caem no chão como as que, aparentemente, terão ficado guardadas numa gaveta ou quietas na mesa das oportunidades perdidas.

Eu, mãe, me confesso!

Já passei por tudo isto. Pela vontade inexistente de me sentar no chão a brincar, no elevar da voz, do abrir dos olhos e até do sacudir o pó. Não sou perfeita. Partilho, com o resto da humanidade, essa característica. Erro todos os dias. E continuarei a errar, prometo-vos.

O erro implica sempre tentativa. E só tenta quem se preocupa. Se eu erro, é porque nas outras vezes me sentei alegremente com elas no chão, para brincarmos com as bonecas, as canetas ou colarmos autocolantes. É porque me sento e comento os episódios do Ruca como a mesma gravidade de quem discute assuntos bem sérios. Porque me considerei incapaz de lidar com uma birra fora de sítio, mas noutras alturas soube contê-las para que saibam que se podem expressar. E especialmente porque acredito em limites, em transformar para melhorar, em educar para amar.

Sou mãe e erro. E vou continuar a errar. Porque no fundo só erra mesmo quem não tenta educar!

AG

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