quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Escolinha antes dos dois anos: sim ou não?




GC - Não, só em caso de necessidade e se não houver alternativa! Na minha opinião os bebés até esta idade não "aprendem" nada na escolinha que não possa ser feito no conforto do lar e aos cuidados de alguém próximo. Se tiverem uma avó, tia, ou alguém de muita confiança, não hesitem. Os meus ficaram em casa até essa idade e posso assegurar que a entrada na escola decorreu de forma bastante pacífica.

AMR - Estou com a GC! Podendo, com ajuda da família e de ajuda externa, se necessário, o melhor é que fiquem em casa. Por aqui o mais velhinho só foi aos 3 anos e espero que o mais novo também possa ficar até essa idade. E o fundamental mesmo é a licença de maternidade! Fiquei 5,5 meses da primeira vez e 8 da segunda (licença alargada) e nessa fase a mãe é mesmo insubstituível. 

AFF - Embora ache que a escola ajuda imenso no desenvolvimento das crianças, concordo com a GC e com a AMR e penso que antes dos 2 anos nada melhor do que ficarem em casa. Sempre ficam mais resguardados das viroses e demais "ites" que tão comummente se apanham nas escolas. 
Infelizmente, a A. teve de ir para o berçário aos 6 meses e a C. irá agora no início de Dezembro, quase aos 9 meses. Custa imenso deixá-las tão cedo com "estranhos", mas quando as alternativas não são viáveis, não há outra opção.

CF - O R. não teve alternativa. Foi aos 6 meses a meio-tempo. Não lhe fez bem, nem lhe fez mal. Por isso, não sou a favor, nem contra. Quem conseguir ficar com os bebés em casa ou tiver a ajuda da família, pode aproveitar. Quem não tiver nem conseguir, não se pode culpabilizar. Custa-nos mais a nós do que a eles. E é tão "engraçado" ver e sentir as relações que criam com outras pessoas - bebés, crianças e adultos - que não são da família!!! Não me interpretem mal, mas a mãe também precisa de ter tempo para si e para as suas coisas no outro meio-tempo.

AG - Não havendo alternativa, parece-me que é mais uma imposição actualmente do que uma vontade dos pais. Se me perguntarem, enquanto profissional da área da psicologia se acho que as crianças devam ir para a creche antes dos dois anos, respondo não. Mas reconheço que hoje em dia não há condições económicas ou familiares que permitam isso. Assim, não havendo opção, é importante que o período de permanência seja inferior a 8h diárias e que se procure envolver os pais nas actividades da creche!

VHE - A minha filha mais velha só foi para a escolinha aos três anos e meio, ficou com os avós. Nessa altura achei estar a fazer o melhor para ela. Com a mais nova, tive a necessidade de a colocar com 13 meses e antes de entrar achava "um crime" tal acto da minha parte. Não sei se devido ao da Gabi ter sido muito bem recebida, acarinhada e estar na escolinha quase como com familiares, achei que ela desenvolveu mais rápido. Acho também importante o contacto com outras crianças e adoro os trabalhos feitos e as canções que aprendem com tão tenra idade.
De uma maneira geral, posso dizer, que se os pais poderem mantê-los em casa até aos 3 anos, perfeito (mais por questões de doenças), mas se não tiverem alternativas, não se martirizem.

RP - Aqui não foi uma questão de sim ou não, a Frederica felizmente tem os avós, tio e bisavó que puderam ficar com ela até quase aos 3 anos e nem se ponderou outra hipótese. A ideia era entrar mesmo aos 3 mas com a chegada da irmã prevista para essa altura antecipámos. Correu muito bem, aliás ela já pedia para ir, já lhe fazia falta o contacto com outras crianças apesar de ter as atenções todas para ela na casa dos meus pais e desenvolver várias actividades, como a rega das alfaces e a alimentação de coelhos e galinhas, por exemplo! A Eduarda ficará também em casa até aos 3 anos.

EM - Aqui não havia outra alternativa e foram os dois quando voltei a trabalhar depois dos 5 meses de licença.
Se tivesse alternativa penso que iriam com 1 ano, acho que até 1 ano é importante estarem com os pais, avós.
A creche ajuda-os a estabelecer rotinas, regras, que nós pais complementamos em casa. E embora ainda sejam pequenos, o convívio com outras crianças só lhes faz bem. Sempre que posso vou buscá-lo cedo, também fazia isso com a I., a creche não substitui o mimo dos pais, quando eles ficam até mais tarde confesso que me custa muito. As folgas são semanais e normalmente nesses dias não vão.

MC - Havendo alternativa é um grande NÃO! Não acredito que a escolinha antes dos dois anos contribua para algo mais a não ser alimentar partilha de vírus e bactérias! E sim, sou das que defende que até aos 2/3 anos eles precisam é de mimo e MUITO!!! :) 
Mas infelizmente nem todos podemos escolher, e quando assim é, então acho que o infantário é o melhor local para os receber! 
Eu consegui manter o P. em casa até aos 2 anos, foi preciso muita ginástica coordenar horarios entre mãe pai e avós! Foi um esforço que compensou, quando entrou para o infantário o primeiro mês não foi bom! Ficava sempre a chorar, (e eu também) embora depois ficasse bem durante dia, mas passado esse tempo de adaptação passou a ficar sempre bem e até a pedir para ir para a escolinha... Por isso, não me parece que ter ficado em casa inicialmente o tenha prejudicado na adaptação! 

EG - Tive o privilégio de contar com o apoio da avó para acompanhar os primeiros 3 anos. Foi para a escolinha só agora. Havendo esta alternativa acho que é absolutamente desnecessário entrarem antes. Provavelmente não está ao mesmo nível de desenvolvimento de outras crianças que entraram antes, é mais tímido e mais desajeitado com pequenos trabalhos. Teve a oportunidade de brincar muito junto dos avós, de ter o contacto com o campo no seu todo, de conhecer as pessoas da terra nas idas diárias ao café. A avó costuma dizer que foi criado com o maior carinho do mundo.

MF - Para mim não foi uma opção, foi uma necessidade. O G. entrou no berçário aos 6 meses, a meio-tempo. Com 1 ano passou para a creche, já a tempo integral. Não sei se é a melhor opção, pois considero que, nos primeiros 2 ou 3 anos, não há nada como o carinho e disponibilidade dos pais ou dos avós e o aconchego do lar! No entanto, reconheço que facilitou bastante a integração do G. em contexto escolar e, mesmo quando mudou de escola, foi um processo tranquilo.


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