quarta-feira, 7 de outubro de 2015

O dilema da mesada


Aqui a mãe precisa de ajuda…
Com a idade escolar vem a questão de compensarmos ou não os resultados nos estudos. O Gui frequenta o 3º ano e até aqui,  nós como pais, temos sempre premiado os seus resultados na escola, desde que cumpridos os mínimos que previamente estabelecemos em conjunto.
Exemplificando, se o resultado for “satisfaz”, não ganha nada, se for “bom” ganha x e se “muito bom” ganha x+y. Não propriamente em dinheiro, mas em coisas que queira ter.
O que é facto é que aproveito isto para que perceba que nada é simplesmente “oferecido” e que tem que se esforçar para ter aquilo que deseja. Como nós pais, que também trabalhamos para lhe poder proporcionar o que ele quer.
Como em muitas outras situações da vida e, em especial, no que respeita à educação dos filhos, as opiniões dividem-se e há a tendência para achar que estou a comprar o meu filho e que a sua obrigação é ter boas notas independentemente do que lhe estamos a propôr oferecer. O que também não deixa de ser uma verdade!
A minha questão é que negociar é, no meu entender, uma ótima forma de conseguirmos o que queremos. Eu, como mãe, quero que ele tenha bons resultados nos testes e ele, enquanto criança, quer isto ou aquilo. É dar para receber.
Mas será que devemos negociar? Com isso fazemos que eles, crianças, se tornem interesseiros e que só façam as coisas quando há retorno para proveito próprio?
Queria ir mais além com o Gui e estabelecer determinadas tarefas cá em casa e comportamentos para definir um género de mesada a receber. Vi algures na internet a ideia e ficou-me na memória. Acho que é uma excelente forma de o levar a cumprir o que quero e que ele se sinta retribuído por corresponder.
Por exemplo, fazer uma listagem dos seus afazeres semanais: lavar bem os dentes, arrumar a cama, ajudar a pôr a mesa, colocar a roupa suja no sítio, não deixar brinquedos espalhados e por aí fora… Consoante o nível de cumprimento da listagem, assim recebia a tal mesada.
Gostava muito de pôr esta iniciativa em marcha, mas ao mesmo tempo fico na dúvida… será correto incentivar esta troca? Ou eles crianças têm que apreender que há coisas que têm que fazer e pronto.
Como mãe, sei que há regras e que estas têm que ser cumpridas porque é assim mesmo, sem alternativa. Não posso premiar tudo o que ele faz, como é óbvio! Mas será que devo oferecer algo em troca de determinadas situações?
Por outro lado, apenas exigir que tenha bons resultados ou que espero que faça isto ou aquilo, sem recompensar o seu esforço em cumprir, também não me parece a melhor estratégia.
Talvez a resposta esteja (mais uma vez!) no equilíbrio.  
HELP!!! Ser mãe é sempre assim, estar interminavelmente a questionar se estamos a seguir a opção certa, não é?

GC 


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