Se respondeu sim às três últimas questões, então este texto é
para si.
Se respondeu não, deixe-se ficar, porque o saber não ocupa
lugar.
Não sou a pessoa mais experiente em mudanças que existe no
mundo, mas no último ano e meio foram duas, por força das circunstâncias.
Como tal, resolvi colocar no papel algumas das aventuras e
dicas que podem ajudar todos aqueles que, num ataque de insanidade, pensarem em
mudar de casa.
1º Arranje quem lhe
fique com as crianças durante o período da mudança. Se os pais não puderem,
os amigos ou uma baby-sitter poderão
fazer esse papel. A segurança das crianças está primeiro e nestes momentos de stress e cansaço, acidentes ocorrem com
maior facilidade.
2º Assim que tenha
consigo o contrato de arrendamento ou a escritura trate de todos os contratos
dos serviços: luz, água, televisão e gás. Gás!!!! Pois, foi o que nos
falhou… Tratei de tudo com diligência e nunca mais me lembrei desse pormenor
até ao momento em que quis tomar um banho de água quente, depois de me instalar
na casa nova.
3º Peça ajuda para
realizar as tarefas de limpeza. Pode ser à mãe, ao pai, aos amigos,
vizinhos e até a alguma alminha que passe na rua e queira fazer da sua casa nova
uma missão de vida. É incrível a quantidade de lixo que se deita fora de uma
casa vazia, a quantidade de sujidade que existe dentro de armários, gavetas
desocupadas, atrás das máquinas de lavar, nos vidros, persianas, casas-de-banho…
Acho que já perceberam, certo?
4º Tente fazer tudo
com tempo. Por muito exasperante que pareça andar a repartir as tarefas
entre fins-de-semana, com mais tempo consegue planear a mudança atempadamente
(como por exemplo ligar o gás antes de se mudar de vez). Ou tire férias… Se bem
que lhes consigo ver melhor utilidade no “depois” do que no “durante”!
5º Não peça ajuda
para arrumar as “tralhas” nos sítios. Isso é uma tarefa que deve ser feita
pelas pessoas que vão ocupar o novo espaço. Evitaria, por exemplo, que hoje
andasse feita louca à procura do termómetro e só encontrasse os que não
funcionam… O que me leva ao sexto ponto.
6º Deite “tralha”
fora! Quando começar a empacotar a casa “velha”, aproveite para fazer uma
extensa selecção de tudo o que tem em casa, deitando fora ou cedendo (caso esteja
em condições), tudo o que não lhe faz falta. Assim evita carregar “tralhas”
desnecessárias, ou que não funcionam, como é o caso dos termómetros.
7º Contrate uma
empresa de mudanças. Este sétimo ponto torna-se tão mais importante, quanto
maior a distância entre as duas casas. E se só tiver um fim-de-semana para
realizar a mudança, por exemplo, é essencial ter auxílio especializado que
carreguem e transportem adequadamente todos os móveis e recheio da casa. Isso
evita que carregue vários vezes o mesmo "bolinhas", de espaço limitado, e que
faça múltiplas viagens, para deixar tudo na casa nova. E há móveis que são
impossíveis de transportar por malta que não percebe patavina de escadas,
esquinas e tétris dentro de carrinhas.
8º Mantenha a mente aberta.
Nem sempre o que parece, é! E quando colocamos os móveis no lugar, esteja
aberto a novas configurações de mobília. Confirme também se a mobília antiga
cabe nas novas divisões. Mas claro, isso é um problema que qualquer serra ou
machado resolve!
9º Aproveite o
processo para se despedir da casa velha. Certamente terão lá ficado várias
memórias boas que gostamos sempre de recordar. E pense em todas as memórias
novas que vai criar, as novas rotinas e na oportunidade de recomeço que uma
mudança proporciona.
Aproveite o impulso e mude de vida, faça novas resoluções.
Deixe de fumar, inscreva-se num ginásio, ou vá jogar futebol com os amigos no
campo que agora fica mesmo por trás da vossa varanda.
Ou faça como eu. Passe a aquecer a água e a tomar banho de
caneca. Vai ver que poupa imenso na água e no gás ao fim do mês!
P.S. Não se esqueça de ir buscar as crianças onde as deixou.
Apesar do silêncio ser apetecível, depois de tanta altercação, elas vão querer
partilhar esses novos momentos consigo. Muna-se de paciência e deixa-as
conhecer a fundo os novos cantos da casa!
Boas mudanças!
AG
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