Doenças comuns, da idade, do tempo, fruta da época, como normalmente oiço dizer.
Sei que a febre vem e passa.
Que a ranhoca acaba por secar.
Que a ranhoca acaba por secar.
Que as dores irão desaparecer, mais dia menos dia.
Mas não gosto!
Não gosto de ter uma filha doente. Muito menos as duas em simultâneo, situação que me parece que vai ser muito mais comum do que aquilo que desejaria.
Sinto-me sempre impotente e os meus limites de paciência alargam-se até ao infinito.
Permito-lhes tudo quando estão adoentadas: as birras, os comportamentos esdrúxulos, o dormir comigo, ou dormirem ao colo até que as mãos me adormeçam e as costas me doam ininterruptamente.
Quando estão as duas doentes, sinto-me duplamente mal. Não sei que colo dar, nem como contornar o conjunto de exigências que ambas me fazem.
Crio regras idiotas na minha cabeça que me permitem manter alguma ordem na desordem: quem adoeceu primeiro? quem teve febre há menos tempo? ou porque uma é mais pequena ou que a outra já se expressa melhor... Mas há sempre uma que fica para trás. Ou que terá o colo em segundo lugar. E que terá necessariamente que esperar pelo melhor remédio do mundo: miminhos.
Não há muitas situações em que a idiossincrasia materna caia por terra. Para mim, ter as duas filhas doentes em simultâneo é uma dessas situações.
Sinto-me despida. Nua. Perdida. Quero orientar-me e simplesmente não sei para onde me virar.
Mas é normal que eles fiquem doentes.
E se tudo correr bem, passa num instantinho.
E depois, quem precisa de colinho, é a mãe!
AG
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