segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Mãe em construção

Quando comecei a pensar em ser mãe, sempre me interroguei que tipo de mãe seria.
Seria como a minha mãe?
Uma mãe que não se mete na vida dos filhos, que mima sem dar nas vistas - um mimo bom, que corrige na hora certa, que quando ralha, ralha a sério - nunca mais se cala.
Que não bate, que não grita. Quando éramos crianças talvez fosse normal naqueles tempos, não era muito de beijos e abraços.
A medida que a I. foi crescendo, fui/vou tentado ser mãe da melhor maneira que sei e posso.
Tento ser: paciente, brincalhona, beijoqueira, chamar atenção na hora certa, não gritar muito - mas as vezes fica difícil, dar sopa a tempo e horas, obrigá-la a comer fruta e outras coisas que não como mas sei que fazem bem para não ser muito esquisita a comer, ensiná-la a dizer obrigada e se faz favor que é bonito e não dói, a não ser egoísta (ainda é pequena para perceber, mas supostamente é de pequenino que se torce o pepino, diz o ditado), podia continuar, mas fico por aqui. Possivelmente algumas coisas não fazem sentido nenhum para algumas pessoas, mas é mesmo assim. Não podemos agradar a gregos e troianos.
Há dias que me deito contente com a mãe que me estou a tornar, outros não tanto. Quando grito mais porque a paciência simplesmente fugiu, sim grito mais vezes do que queria ou acabo por lhe dar uma palmada, fico triste porque não consegui resolver as coisas de uma maneira mais zen mas a vida é assim não é sempre um mar de rosas, mas tenho sempre vontade de melhorar no dia seguinte. 
EM

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